Ousada, genuína, original, talentosa. São tantos os adjetivos, a hipérbole sempre verdadeira. Rita me ensinou muito ao longo da minha vida. Desde muito nova, ainda na adolescência, eu já ouvia suas músicas, comprava seus discos, seja na carreira solo, seja ao lado de suas bandas (e Mutantes, como eu amo Mutantes com Rita), já adulta li sua autobiografia, li livros sobre os Mutantes, acompanhei nas redes quando ela era ativa no twitter, no Instagram. Ela é uma das maiores cantoras e compositoras da história da música brasileira. A rainha do rock brasileiro. Uma das mulheres mais inspiradoras da música. Eu me identificava muito com ela, com as músicas, sempre me considerei uma ovelha negra. E me inspirava em seu espírito rebelde. Não queria luxo, nem lixo, meu sonho é que ela fosse imortal. Ou pelo menos imaginava que ela viveria até 3001 para ver como o mundo ficou. Que as ervas venenosas secariam com o poder daquelas que já morreram…
Ouvindo
Drew Barrymore dirige clipe para a banda Best Coast
A musa, linda, talentosíssima e cheia de atitude Drew Barrymore já atuou e dirigiu no cinema, agora ela foi convidada pela banda super bacana, que eu adoro, Best Coast, para dirigir um clipe deles. A música é “Our Deal”. E o clipe é uma história de amor entre integrantes de duas gangues rivais, Day Trotters e The Night Creepers. Para atuar no clipe ela chamou algumas figurinhas conhecidas. No papel principal do mini-filme tem a fofa da Chloë Moretz (a Hit Girl de Kick-Ass) e Tyler Posey (de Teen Wolf). E ainda tem Donald Glover, o Troy da super comédia Community, Miranda Cosgrove (iCarly) e Alia Shawkat, Maeby Funke da inesquecível comédia Arrested Development. O clipe foi lançado ontem e é resultado de um programa da MTV americana que une personalidades do cinema e bandas. Agora chega de conversa fiada. Confere o vídeo e me diz se não e muito bom!
Um pouco mais de Paul McCartney
Paul McCartney em Porto Alegre é assunto pro resto da vida. Chorei, ri, dancei e cantei, tudo ao mesmo tempo. E ainda choro, ainda estou feliz e com gosto de quero mais. Não é exagero quando digo que foi o show da minha vida, a melhor noite da minha vida. Estava lá, com Paul McCartney e com o Juliano. Não precisava de mais nada. Sou eternamente agradecida ao Paul por aquela noite. E ele, provando ser o lorde que é, fazendo valer o título de Sir ao qual foi condecorado por sua rainha, fez um vídeo lindo agradecendo ao público de Porto Alegre, Buenos Aires e São Paulo. Não pude conter as lágrimas mais uma vez. Paul nos emocionou de novo com seu carisma, simpatia, talento e devoção pela música. Muito obrigada Paul, por tudo.
Livros rock’n’roll para comemorar o Dia Mundial do Rock
Já falei de filmes rock’n’roll e de como entrei para esse mundo de fantasia e rebeldia. Agora é hora de indicar leituras que falam sobre rock. Separei três livros que li e versam sobre o rock para compartilhar com você. Prezados Ouvintes (Mauro Borba) Sinopse: Produzido numa linguagem coloquial, leve, sedutora, este conjunto de irresistíveis memórias e comentários do autor traz um passado recente que cheira a presente. Tudo é contemporâneo, tudo é ágil, tudo é inquietante e contagia. A voz que brota e embala desde os microfones e educa nosso ouvido e nossa alma é a mesma voz agora impressa nessas páginas. Temos memória (há inúmeras fotos a ilustrar esse convidativo registro, com gente que fez história no rádio, na cidade, no imaginário) e temos presença. A palavra virou música, contágio, e é de todos. (via Skoob) A Divina Comédia dos Mutantes (Carlos Calado) Sinopse: Uma história que é a síntese de uma época de muitas contradições, contrastes, e…
Livros – Caetano Veloso
Tropeçavas nos astros desastrada Quase não tínhamos livros em casa E a cidade não tinha livraria Mas os livros que em nossa vida entraram São como a radiação de um corpo negro Apontando pra a expansão do Universo Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso (E, sem dúvida, sobretudo o verso) É o que pode lançar mundos no mundo. Tropeçavas nos astros desastrada Sem saber que a ventura e a desventura Dessa estrada que vai do nada ao nada São livros e o luar contra a cultura. Os livros são objetos transcendentes Mas podemos amá-los do amor táctil Que votamos aos maços de cigarro Domá-los, cultivá-los em aquários, Em estantes, gaiolas, em fogueiras Ou lançá-los pra fora das janelas (Talvez isso nos livre de lançarmo-nos) Ou o que é muito pior por odiarmo-los Podemos simplesmente escrever um: Encher de vãs palavras muitas páginas E de mais confusão as prateleiras. Tropeçavas nos astros desastrada Mas pra mim…