Entre agosto de 2007 e agosto de 2008, mantive um blog chamado boneca. Era um espaço pequeno, mas cheio de carinho, onde experimentei formas de escrita entre a ficção, o rabisco, o poema e o silêncio. Um canto à parte, costurado como um bolso secreto dentro do meu antigo site/blog trecosetrapos. A descrição era simples: Boneca de linha ultrapassada, contação. E isso dizia tudo. Era sobre inventar, errar, brincar com palavras, criar cenas curtas e personagens esquisitos, dar voz a pequenos absurdos e emoções costuradas à máquina de escrever da memória. A identidade visual do blog também tinha seu charme. Era simples, com pontos de cor alinhados como miçangas e um cabeçalho que até hoje é um dos meus favoritos. A imagem da boneca antiga, em tom rosado, segurando um ursinho, dava o tom delicado e nostálgico que atravessava também os textos. Como se tudo fosse feito à mão, entre linhas e retalhos de sentimento. Lá, eu falava de caminhos…
Reflexões
♣ Escrever para entender. Escrever para lembrar. Escrever para resistir. Um espaço para memórias, pensamentos e divagações.
📚 Retrospectiva Literária 2024 📚
Tenho até vergonha de vir aqui em plano dia 30 de abril querendo fazer retrospectiva… Uma das minhas atividades favoritas no início de cada ano é pensar sobre as leituras do ano anterior. Fazer listas, avaliar o que consegui alcançar e toda aquela coisa que muita gente faz. Mas a vida, ah a vida… Ela te atropela! Eu quis fazer um texto completo usando todas as métricas da planilha que uso. Quis também usar as estatísticas do Storygraph e do Notion. No entanto, enrolei mais do que o imaginado. Então, sim, é final de abril e continuo fazendo retrospectiva nesse blog. Mas chega de enrolação! Em 2024 li relativamente bastante. Considerando que tô fazendo meu doutorado e trabalho 40 horas semanais na escola pública. Mas mesmo assim consegui bater a meta. Li livros que me fizeram refletir profundamente, outros que me arrancaram risadas, e também algumas decepções. Vamos ver o que de mais marcante aconteceu nas minhas leituras no ano…
Retrospectiva 2024: ainda dá tempo?
Uau, 2024 foi um ano e tanto, e nada melhor do que sentar para escrever essa retrospectiva e perceber tudo o que vivi nesses 365 dias. Será que ainda dá tempo? Fevereiro já está batendo na porta… Não dá para falar de 2024 sem mencionar a enchente no Rio Grande do Sul. O caos, a tristeza e a destruição que se espalharam por toda a região foram devastadoras. Ver tantas pessoas perdendo tudo em questão de horas foi algo que realmente partiu o coração. Aqueles dias de angústia e incerteza ficaram marcados em mim, não apenas pela tragédia, mas também pela força das pessoas que se uniram para ajudar. A solidariedade e o apoio mútuo se mostraram essenciais, e, no meio de tanta dor, era reconfortante ver como a comunidade se mobilizou para dar suporte aos mais afetados. Foi, sem dúvida, um evento que mudou a vida de muita gente e deixou uma marca profunda em todos nós. Eu fiquei…
2022: adeus, bem vindo 2023
Chega o final de ano e fico nostálgica. Sempre penso em fazer uma retrospectiva e acabo não fazendo. Esse ano, finalmente, resolvi fazer e foi um excelente exercício. Vem comigo, descobrir meus pontos baixos e altos do ano, o que fiz, o que li, o que assisti e o que pretendo fazer no próximo ano. Pontos baixos Em 2022 aquilo que eu já temia ficou ainda mais evidente: saúde mental. Eu sofro mentalmente desde a adolescência e tem sido cada vez mais difícil conviver com isso. Com tantas coisas que aconteceram desde março de 2020 e a pandemia, eu tenho buscado ajuda gradualmente, em passinhos de formiga, porque primeiro preciso fazer um trabalho de autoconvencimento. Preciso me desprender dos preconceitos com a psiquiatria e com medicação antes de qualquer coisa. É um trabalho duro, mas tem funcionado. Este ano eu cheguei “no fundo do poço” não uma, mas duas vezes e achei que não terminaria 2022. Mas finalmente estou buscando…
Oi, sumida.
* cof cof cof * Tirando teias de aranha. Sim, sou eu. Abri as portas dessa casa velha, mas que está sempre aqui para mim. Preciso tirar a poeira, sentar e escrever. Tem tanta coisa para falar. Mas tem sido difícil esse ato de colocar no papel (no caso aqui é mais nas teclas do computador, na tela em branco) tudo que atormentar a mente. Minha cabeça está há anos uma confusão, um embaralhado de coisas. Daí tava lendo o livro da Letrux e li um poema que ressoou muito comigo e um verso me trouxe outros que surgiram na minha mente. Daí criei um pequeno poema. Poeminha. Sem título Tão hipnótica a facaTão imã meu braçoTão fácil se machucar Daniela Soares Então, perigoso esse poeminha. Mas ele tem passado muito pela minha cabeça. Agora to bem, to medicada. Mas a atração ainda está ali. Perigo. Alerta vermelho! Vamos voltar a nos falar? Preciso de alguém para conversar e vou…