O Jardineiro Noturno by George Pelecanos My rating: 3 of 5 stars Esse foi o meu primeiro contato com uma obra de Pelecanos. Eu sei do currículo extenso dele (como roteirista e escritor), mas nunca vi nenhuma das séries em que ele trabalhou (a mais famosa delas eu acho que foi The Wire) e nem tinha lido nenhum de seus livros. Confesso que no início da leitura estava com pouco interesse pelos personagens e pela trama em si (um crime que remontava a uma série de assassinatos que ocorreram em 1985 precisava ser desvendado).
trecos&trapos
Violência contra mulher: um pequeno relato
Assim como quase todas as mulheres, desde muito jovem eu fui apresentada a esse mundo que nos trata como inferiores, objetos e, portanto, possíveis de ser violentadas. Então resolvi relatar aqui a primeira vez que ouvi uma briga de casal. Eu ainda era adolescente e não sabia muito bem o que era feminismo, mas já afirmava aos quatro ventos que eu era feminista. Sendo assim, não pude ficar calada com o que estava ouvindo. Foi em 2002, no acampamento do Fórum Social Mundial, aqui em Porto Alegre. Estava na minha barraca, me arrumando para uma confraternização quando alguns metros adiante começou uma gritaria dentro de uma barraca. Era um cara gritando com sua namorada, chamando a menina de vadia, piranha, que ela estava “se oferecendo”pra alguém do acampamento. Entre gritos, xingamentos, ameaças e choro eu não consegui ficar calada e e comecei a gritar de onde estava (pois não dava para distinguir exatamente onde era) para ele deixar a menina…
Update felino parte 4: conheça Calibã
Qual o limite para a quantidade de gatos que alguém pode ter? Será que esse número existe? Eu não sei a resposta para essa pergunta. A única coisa que eu tenho é uma cara de pau enorme pra vir aqui contar que eu adotei mais um felino. Agora são sete. SETE. SE-TE! Uau, é um número grande e até parece meio místico.
Como não escrever personagens femininas
A Deliciosa e Sangrenta Aventura Latina de Jane Spitfire by Augusto Boal My rating: 2 of 5 stars A sátira de Augusto Boal tem altos e baixos. A narrativa é construída em torno da espiã Jane Spitfire, a melhor espiã de todos os tempos, a mais linda, a mais inteligente, a mais habilidosa, a mais tudo e qualquer coisa. Infelizmente, apesar da protagonista feminina, Boal falha com a representação feminina em seu primeiro e único romance policial. Jane é uma personificação do imperialismo estadunidense e, portanto, sua trajetória é justamente implementar as vontades de sua pátria em um pequeno país fictício da América Latina. Como ponto positivo, a narrativa constrói situações e descrições muito condizentes com a realidade brasileira e de seus países vizinhos na década de 1970 (quando o livro foi escrito, originalmente) e, coincidentemente, muita coisa bate com o que ocorre atualmente em nosso país. As fórmulas mágicas que ela precisa encontrar e aplicar para libertar o país…
Twice upon a time: me despedindo do 12º Doutor
Eu sou apaixonada por Doctor Who, e não é de hoje. Tem muitas tentativas de resenha aqui blog para provar. Mas como tanta coisa aconteceu e o blog passou por muitas fases e abandonos, acabei não falando mais sobre uma das minhas séries preferidas da vida por aqui. Isso até agora, porque nesse Natal o especial foi exibido no cinema e eu fui conferir, porque foi especial também por ser uma regeneração, a do Capaldão (apelido carinhoso que utilizo para me referir ao Peter Capaldi, o 12º Doutor). Disclaimer feito, vamos ao que interessa. Nossa, como chorei. Aliás, no documentário exibido antes do episódio de fato começar eu já estava chorando. Chorei não apenas por ser uma regeneração, que sempre é muito emocionante, mas todo o clima do episódio, todas as falas, tudo foi tão maravilhosamente e cuidadosamente feito que me atingiram em um nível que nem sei explicar. Logo no início do episódio Rachel Talalay inseriu o ator David Bradley como 1º Doctor…