Cotidiano

Obituário: Augusto Boal

Hoje o mundo ficou um pouco mais cinza. Morreu na madrugada deste sábado o dramaturgo  e pensador do teatro Augusto Boal, aos 78 anos. Ele que contribuiu na fundação do Teatro de Arena, foi perseguido e torturado durante a ditadura, foi para Argentina, Portugal e França trabalhar e divulgar seu Teatro do Oprimido deixou uma herança artística e política.

A importância de Boal para a dramaturgia brasileira é inegável. O teatro de Boal é um teatro radical, ele sempre sonhou em um mundo novo, onde as pessoas contribuíssem com as próprias mãos.

No Teatro do Oprimido o teatrólogo buscava a democratização do teatro, onde ele percebia a possibilidade de qualquer pessoa entrar em cena. Ele desenvolveu uma série de jogos, técnicas teatrais e exercícios cênicos para atores e não atores. Para que o exercício cênico fizesse parte de uma percepção do mundo real e da importância de transformá-lo em um novo mundo.

Eu tive uma pequena experiência com algumas de suas proposições (em especial o Teatro Jornal e o Teatro Imagem) e li algumas de suas obras sobre o Teatro do Oprimido quando da minha experiência na Terreira da Tribo.

Agora ficaram seus escritos, os registros de suas práticas e o mais importante de tudo, seus ensinamentos.

Anarca, feminista, vegana, cat lady, bookworm, roller derby, hiperbólica, entusiasta das plantas e constante aprendiz. Rainha de paus, professora de história, amante de histórias. Meu peito é de sal de fruta fervendo num copo d'água. ♀️✊Ⓥ

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