Quem me conhece de outros carnavais sabe que durante muito tempo dediquei miha vida as artes cênicas. Fiz a Oficina para Formação de Atores da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo (eu fui aluna da segunda turma, lá em 2002), participei de alguns exercícios cênicos e era feliz.
Essa fase já passou, apesar de ter algumas recaídas onde bate uma vontade de subir em um palco, reviver alguns personagens, explorar outras personalidades. Mas logo passa, essa não é mais a vida que eu quero. No entanto, o teatro ainda é uma das atividades culturais que mais me atrai. Tenho um prazer imenso em ver espetáculos cênicos. E quando esse espetáculo está vinculado a um dos maiores e melhores grupos teatrais do Brasil, o Ói Nóis Aqui Traveiz, fico sempre com uma expectativa muito grande. A estética do grupo é simplesmente fantástica, a proposta cênica é única e as ações do grupo são sempre voltadas para instrumentalizar atores (no caso atuadores) e público para utilizar o teatro como instrumento de discussão social.
E agora em Agosto (alguma coisa boa em Agosto! É presente de Baco) inicia a mostra Ói Nóis Aqui Traveiz: Jogos de Aprendizagem com a encenação Viúvas: Um Exercício Cênico sobre a Ausência, adaptação livre da peça de Ariel Dorfman. A montagem fica por conta da turma deste ano da Oficina para Formação de Atores da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo. A temporada será de 9 a 31 de agosto, sábados às 21 horas e domingos às 20 horas, na Terreira da Tribo (Dr. João Inácio 981 – Navegantes, Porto Alegre), com entrada franca.
O espetáculo retrata a trajetória de mulheres que lutam pelo direito de saber onde estão os homens que desapareceram ou foram mortos pela ditadura que se instalou em seu país. Uma alegoria sobre os acontecimentos das últimas décadas na América Latina, e principalmente sobre a necessidade de manter viva a memória de um tempo de horror para que não volte a acontecer. Adaptada do romance homônimo escrito por Dorfman em 1981, oito anos após o golpe que levou o General Pinochet ao poder chileno. Exilado, ele escreve esta obra com o propósito de denunciar a ditadura em seu país e, sobretudo, o desaparecimento de milhares de adversários políticos do regime.Um tema que não esgota as possibilidades.
Recomendo com carinho este exercício cênico, com o mesmo carinho que eu tenho pelos trabalhos que realizei na época em que estava engajada nas atividades da Terreira da Tribo.
Os próximos espetáculos a darem continuidade à mostra são: A Saga de Galatéia, baseado no texto Borandá – Auto do Migrante de Luis Alberto de Abreu (encenado pelos alunos da Oficina de Teatro do Bairro Humaitá/Grupo Trilho); Aquele que Diz Sim e Aquele que Diz Não (eu já participei de uma montagem dessa peça), de Bertolt Brecht com alunos da Oficina de Teatro do Bairro Restinga) e a A Comédia do Trabalho, versão livre da peça de Sérgio de Carvalho e da Companhia do Latão (encenado pelos alunos da Oficina da Vila Pinto no Bairro Bom Jesus).
Passei por aqui mais cedo choramingando por Joinville ser uma cidade tão pobre “teatralmente falando”. Pelo visto o comentário nem foi.
Oi te conheci lá na terreira na epoca, estava atuando com o grupo. Bem legal teu espaço virtual. entre para dizer, muito legal. Na epoca lá de 200, estava atuando na terreira, com cassandra e Canudos, a primeira como contra – Regra e a segunda como manipulador do Bonecão Antônio Conselheiro. Hoje estou fazendo o exercicío O que diz Sim o que Diz Não, Bá bem legal saber que fez este exercicío. Convite, vamos estar fazendo um ensaio só um ensaio aberto ao público no prédio da ocupação do Movimento Utopia e Luta, Movimento de Luta pela Moradia no Prédio no INSS da Borges sabe? logo assima da para de onibûs do Restinga. Dia 19/9 por volta das 19:00, vai ter Risoto para arrecadar uns Pilas para obra $10,00 o Risoto, Renan da Terreira tem os convites. Até..