Nota publicada no Estratégia & Análise semana passada:
A nova abordagem para o Tango Argentino vem da França
Gotan Project surge quatro décadas depois de Astor Piazzola inserir elementos do jazz e da música erudita no ritmo argentino. O grupo cujo nome inverte as sílabas da palavra tango reinventa a música eternizada por Carlos Gardel. Um dj francês, Phillip Solal, um músico suíço, Cristoph Müller, e um guitarrista argentino, Eduardo Makaroff compõem este coletivo que nasce em Paris, França, mas cujas raízes remontam primariamente à América do Sul, mais precisamente à Argentina, uma das pátrias do Tango.
O grupo faz uma síntese inédita com a música eletrônica. E o elemento que permite essa união é o dub jamaicano. Produziram e lançaram em 2000 dois EPs sem grandes expectativas, “El Capitalismo Foraneo” e “Tríptico”. No entanto, ganham relativa notoriedade na cena musical européia. Com o primeiro álbum, La Revancha del Tango, de 2001, lançam o que se pode chamar de um manifesto inicial: trazer melodias e os climas do tango, para um ajuste eletrônico. Depois foi a vez do segundo CD, um disco ao vivo, com toda a empolgação acompanhando as músicas do primeiro álbum.
Com Lunático, de 2006, o trio deixa em segundo plano os elementos eletrônicos, e opta pelo embalomais musical, pelas sonoridades e levadas do tango. O clima de melancolia aparece muito mais, reforçado ainda pela voz de Cristina Vilallonga.
Gotan Project claramente não tem intenção de apelar para os famosos truques de gravadoras para tornar a sua abordagem moderna do tango um fenômeno das massas. Com sua história de rejeição,drama e aura muito elegante, o tango do grupo está bem mais à gosto. No ponto para degustar.
oh como eu queria poder assisti-los…
[…] o gancho do texto sobre o Gotan Project, o Disquinho de Quinta de hoje é com primeiro álbum do grupo, La Revancha del Tango. O link […]