Diário (ou quase)

sem um bom tí­tulo para a ocasião.

No último dia quatro de julho muitas pessoas comemoraram o famoso independence day estadunidense, outras tantas comemoraram aniversários de namoro, de casamento, comemoraram suas notas nas provas finais, sorriram para aquele que dali a alguns dias se tornaria o companheiro para o resto da vida. Eu não, eu estava de luto. Sim. Seria aniversário do meu pai se ele não tivesse sido morto sete anos atrás. Esse dia será sempre marcado como o dia em que não posso lhe dar um abraço e desejar muitos anos de vida como normalmente se faz em datas deste tipo. Em todos os cantos do mundo tem alguém feliz por esse dia, mas assim como eu, tem mais outras tantas pessoas tristes por esse ou por outros motivos. Isso poderia servir de consolo, mas não é. Primeiro porque seria egoísmo de minha parte ser consolada com o sofrimento dos outros. Segundo, porque compartilho a dor destas pessoas. Não quero que as pessoas fiquem pensando coisas do tipo “coitadinha daquela menina” e também não quero inspirar pena, só quero desabafar esse sentimento que me persegue ano após ano. Só quero um lar no meio da ventania.

Anarca, feminista, vegana, cat lady, bookworm, roller derby, hiperbólica, entusiasta das plantas e constante aprendiz. Rainha de paus, professora de história, amante de histórias. Meu peito é de sal de fruta fervendo num copo d'água. ♀️✊Ⓥ

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Julia
6 de julho de 2007 10:18 pm

Nossa, eu nem imagino que deve ser perder um pai. Acho que eu também ia querer desabafar se fosse comigo.

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