A season finale de True Blood surpreendeu, mas não porque foi incrível, bombástica, maravilhosa e inovadora. Justamente pelo contrário. O último episódio da segunda temporada foi morno, bem morno. Se você não gosta de spoillers pare de ler neste ponto. Aquilo que era previsível aconteceu. Maryann finalmente morreu e a cidade ficou livre, de uma hora para outra, de todas aquelas festas orgiásticas e o pessoal recuperou o controle sobre suas mentes. Isso era de se esperar. Mas aconteceu tudo de maneira tão sem graça. Só foi interessante ver a hora da morte da Mênade, com o touro chegando e metendo o chifre na Maryann. E descobrir que o bovino era, na verdade, Sam Merlotte foi uma das melhores partes. Muito sem graça ver Jason e o Detetive Andy serem transformados em seguidores da Mênade de uma hora para outra. Ficou meio besta aquilo. De mais a mais, o ritual, que deveria ser um ponto alto, foi tão sem sal que quase não deu…
Sangue
O terror de Sam Raimi
Sam Raimi está na boca do povo com seu novo longa de terror Arraste-me Para o Inferno (Drag Me to Hell; EUA; 2009) Que estreou em terras tupiniquins apenas na última sexta-feira – lá pelas bandas do Tio Sam a estréia foi em Maio. Eu ainda não pude ver o tão comentado filme, mas óbviamente já vi o trailer e fiquei bastante interessada. E em um dos trailers uma frase me chamou a atenção: “do mesmo diretor de Homem Aranha“. Tudo bem que Homem Aranha (pelo menos os dois primeiros) são bem bacanas e tal, mas porque diabos este anúncio? Homem Aranha não é o tipo de filme que creditaria alguém para fazer um bom filme de terror. Por que não anunciar assim: “do mesmo diretor de Uma Noite Alucinante“? Seria mais apropriado. E como a primeira trilogia eu vi (não, não foi Homem Aranha), vou falar sobre os filmes que credenciam Sam Raimi para fazer filmes de terror. A…
Um poema aos Domingos #1
O trecos & trapos está passando por algumas reformulações, dentre elas a criação desta coluna: Um poema aos Domingos. Sempre aos Domingos, em quase todos, publicarei um poema do qual eu goste ou uma indicação tua. Por quê? Simplesmente porque a poesia nunca foi meu forte. Nem na leitura, muito menos na escrita. E eu quero descobrir um pouco mais sobre poetas e suas obras e sensibilizar-me um pouco mais a partir desse formato de literatura. No começo vou colocando os poemas que gosto. E para começar bem resolvi colocar um poema de Heiner Müller. O poema é uma homenagem à Pina Bausch. Sangue na Sapatilha ou Enigma da Liberdade Heiner Müller – 1981 (para Pina Bausch) De criança brincávamos de esconde esconde. Ainda se lembra de nossos jogos? Todos se escondem, um espera O rosto contra uma árvore ou parede As mãos sobre os olhos, até que o último encontre seu lugar, e quem for descoberto Tem que correr…
Blood Tea and Red String (2006)
Logo no início de janeiro eu vi um post sobre um filme no Anorak. A curiosidade me pegou de jeito. Finalmente consegui assitir a produção de Christiane Cegavske. E fiquei encantada com o que vi. Uma animação em stop-motion maravilhosamente obsoleta. Blood Tea and Red String (Dir: Christiane Cegavske; EUA; 2006) Escrita, dirigida e produzida por Christiane demorou 13 anos para ficar pronta, mas cada minuto na produção desta obra-prima valeu a pena. Os bonecos e o cenário foram feitos inteiramente por ela e possuem um detalhismo magnífico. Criou um universo novo, onde as cores e seus habitantes são de uma vivacidade enorme, no entanto são também assutadores. A história tem uma sinopse muito simples: ratos brancos e altivos (aristocráticos, vestidos em estilo Vitoriano) de encontro às criaturas que residem sob o carvalho (orelhas de bastão, pele peluda e bico de corvo). As criaturas criaram uma boneca fêmea com um ovo em sua barriga e a penduram em forma de…
Comentando True Blood
O que eu fiz nesse feriadão de Carnaval além de ir ao Cevas & Blogs e ver a cerimônia do Oscar na Internet? Não, eu não saí em bloco nenhum, não vi desfile de nenhuma escola de samba ao vivo nem na televisão, não fui a nenhum baile de máscaras. Eu vi a primeira temporada de True Blood, do começo ao fim (exceto o primeiro episódio que tinha visto um tempo atrás). O que não é muito complicado, pois a temporada é mais curta do que a maioria: tem doze episódios (comum para séries da HBO). Eu gostei bastante da série. Porém não achei a melhor coisa desde a tampa de rosca, diferente de muitos. Criada por Alan Ball, o mesmo de Six Feet Under, o programa é baseado na série de livros de Charlaine Harris, em especial no primeiro livro Dead Until Dark. Uma série sobre vampiros que tentam viver entre os humanos e uma garçonete paranormal que se…