O teatro é uma das artes mais antigas da humanidade. Infelizmente ela é hoje quase exclusividade das classes mais abastadas da sociedade, e isso não é porque os atores ou produtores culturais estão apenas interessados em dinheiro, muito pelo contrário, existem milhares de iniciativas espalhadas pelo país que visam democratizar o acesso à cultura e aí está inserido também o teatro. Mas existe essa palavrinha mágica: acesso. A maioria das pessoas, de cidades pequenas, de pouco poder aquisitivo e sem o hábito de frequentar teatros, não tem acesso a arte dos palcos. E o acesso não diz respeito apenas ao valor dos ingressos para assistir espetáculos. É claro que o valor desses ingressos, na grande maioria das vezes, não condizem com a situação financeira da maioria da população brasileira. Entretanto, um dos motivos que mais pesa para que muitas pessoas que desejam assistir espetáculos teatrais não o façam é a falta de salas destinadas a esse propósito nas cidades em…
Archives for 2010
Salve o livro! Salve a leitura!
“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.” Mário Quintana Hoje, 23 de Abril, é o Dia Mundial do Livro. E essa data foi escolhida, segundo dizem, porque em 23 de abril de 1616, morreram dois dos maiores escritores que esse mundo já viu: William Shakespeare e Miguel de Cervantes. Apesar da diferença nos calendários utilizados nos reinos à época, a data da morte de ambos foi uma convenção, pois Shakespeare morreu dez dias depois. Para mim, a melhor maneira de comemorar o Dia Mundial do Livro é lendo. Afinal, nada como uma data comemorativa para promover a leitura. Nesse mundo todo celebra o livro, eu não celebro apenas o objeto, que posso manusear, folhear e ler. Eu celebro também aquilo que as páginas contam. Aquilo que os escritores criaram, sobre aquilo que eles escreveram. Então pegue um bom livro e leia. Feliz Dia Mundial do Livro! Plus: Acompanhe o que estão falando no twitter sobre…
O retorno de Glee
Finalmente o retorno de uma das melhores comédias da atualidade. E Glee retorna em grande estilo. O episódio de retorno foi Hell-O. Uma brincadeira com as palavras Hello e Hell. E trata das vidas amorosas do pessoal de Glee. Rachel encontra um novo amor da sua vida, que por acaso é do Vocal Adrenaline, grupo rival do New Directions. A intriga está formada. Mr. Schuester também precisa resolver suas pendências amorosas depois daquele final magnífico de Sectionals. Hell-O é bom, mas The Power of Madonna é muito melhor. Um episódio inteirinho dedicado à Diva. Canções e feminismo, o poder feminino invadindo a escola. O melhor foi ver Jane Lynch mostrar ainda mais o seu talento. Sue foi realmente o destaque do episódio com o vídeo de Vogue. encarnando uma versão sexy de Madonna e de si mesma. Ela é certamente a vilã mais carismática da temporada. No episódio o drama de ser um adolescente continua. Desta vez alguns personagens estão…
Ficção de gênero em debate
Cheguei a pouco em casa, estava na Palavraria conferindo o debate O Público e a Crítica da Ficção de Gênero com Carlos André Moreira, Samir Machado de Machado e Antônio Xerxenesky. O evento ocorreu por ocasião do relançamento do primeiro volume da série literária Ficção de Polpa (Volume 1, Volume 2, Volume 3) da Não Editora – o primeiro volume já está na terceira edição! Eu achei muito bacana, a discussão foi interessante e como intrometida que sou não poderia deixar passar a oportunidade de dar um pitaco sobre o assunto. Que fique bem claro, eu sou leitora de ficção científica, de horror, fantástica e policial se medo e nem vergonha de falar, mas pra ser entendedora do assunto ainda me falta muito. Então falei sob o ponto de vista histórico das obras que conheço (terreno mais sólido pra mim). Perguntei se os debatedores concordavam com a leitura que faço das obras, priorizando uma visão de crítica social e política…
Uma Ode aos Coturnos
Os coturnos da Dr. Martens fazem 50 anos e a marca comemora com música, videoclipes e, novos modelos de botas. Os coturnos mais famosos do mundo, chamados de Docs, comemoram o aniversário com um documentário sobre a marca e 10 clipes feitos por diretores de vanguarda e bandas moderninhas. A intenção é mostrar nos pés de quem os sapatos que saíram do uniforme dos operários britânicos foram parar. Eu nunca tive um coturno da marca e fico babando em todos os modelos e cores, louquinha para comprar os meus (note o plural). Enquanto não sobra aquela graninha esperta para adquirir os coturnos mais lindos da face da terra (e com uma qualidade ímpar), eu me contento com um velhinho, sem marca, que comprei alguns anos atrás. Ele não é um exemplo de conforto nem de qualidade, mas quebra um baita galho.