Cotidiano

Adeus 2016: uma retrospectiva

Em todas as minhas redes sociais o que eu via/lia eram posts sobre como 2016 foi um ano horripilante. E não é para menos, teve crise em cima de crise (uma econômica que foi forjada em nome de interesses bem nefastos e uma política que também teve a mesma origem), crimes de ódio, Trump, Temer, Sartori (quem é do Sul, sabe do que estou falando, mas quem vive em outros estados deve ter um Sartori pra chamar de seu), desastre nas urnas em boa parte dos municípios, desastres ambientais – nos quais os responsáveis estão impunes até hoje – violência, bossais ganhando cada vez mais espaço na política, repressão, ataque à direitos já existentes, barreiras políticas e religiosas que impediram a conquista de novos direitos fundamentais, e uma miríade de problemas que se eu for colocar aqui não paro de escrever até 2018.

Felizmente, na vida pessoal eu tive um pouco mais de sorte. Meu único problema foi ser pobre mesmo. Esse ano foi cheio de coisas muito bacanas, que eu estou super feliz em relembrar.

Curti muito a cidade com os eventos locais, passeios pelas ruas, museus e centros culturais, muito rolezinho de bicicleta – aliás, eu ganhei uma bicleta maravilhosa! Fui à shows de punk rock com bandas massas, voltei a desenhar quase diariamente (comecei um curso de desenho e abandonei 🙁 , e também mais uma pausa nos mesmos desenhos), fui a muitas feiras de antiguidade, uma coisa que adoro. E o namoro? Engatou e ficou sério.

Minha Monark Brisa reformada

Fiz uma tentativa frustrada de completar a leitura de Os Miseráveis (parei nas primeiras 150 páginas). Li 32 livros ao longo do ano, o que me deixou feliz, porque aumentei minha média anual (mas ainda não bati os mais de 60 de uns anos atrás). Meu apartamento recebeu muitos amigos (e eu gostaria que isso se repetisse muito mais em 2017). Tentei ser mais organizada e falhei, não consegui me adaptar ao filofax, nem usando as senhas do bullet journal combinadas com o planner. E por falar em organização, acredito que no trabalho eu consegui obter um resultado mais satisfatório em termos de organização. Mais um ponto pra mim. Em sala de aula, não preciso nem dizer, eu  aprendi muito com os alunos e me diverti bastante também, apesar de uns dias de stress com aqueles pimpolhos. Nesse ano eu também consegui elaborar e colocar em prática um projeto com fanzines que estava ha tempos querendo fazer e foi um sucesso!

Foi um ano bem colorido. Cortei, descolori e pintei o cabelo. Fiz duas tatuagens em janeiro, uma em junho, duas em setembro e uma no finalzinho do ano. Ufa. E claro que eu tenho plano para mais umas oito ou nove…

Tatuagens são viciantes…

Em 2016 eu viajei pouco. Fui à praia duas vezes, ambas com amigos. Uma no início do ano (janeiro) e outra já em dezembro. Mas teve viagem internacional também, capaz que não. Fui pela primeira vez ao paízito (Uruguai): conheci Montevidéu, Punta Ballena e Punta del Este em uma semana maravilhosa. Fui no sítio da Família Lima em dois irmãos com o pessoal da escola e fiz uma trilha que foi dura, mas fui até o fim. Fiz tirolesa!!! Isso mesmo, eu-fiz-tirolesa. Não sem antes pagar um miquinho básico, é claro.

Av. 18 de Julho, Montevidéu

Aliás, esse ano eu aproveitei bastante meus amigos de longa data e cultivei novos que estavam ali, do ladinho, trabalhando comigo. Que coisa boa ter amigos no local de trabalho. Eu sempre fiz amizade com meus colegas de trabalho, mas nesse ano eu me dediquei muito mais aos amigos do trabalho e valeu muito! Isso rendeu muitas risadas, cervejas, passeios, jogatinas de Uno (que, aliás, eu aprendi esse ano!) e até uma prainha no final do ano.

O ano foi embora tão rápido que quase não postei no blog, ou no YouTube. Falta de organização e disciplina são as grandes vilãs dessa história. Mas, para compensar a falta ao longo do ano, eu fiz o #VEDA (Video Every Day April) e foi incrível!

E nos quarenta e cinco do segundo tempo eu adotei mais uma gata. A Merida.

Meet Mérida

No final das contas, o ano teve altos e baixos e em alguns aspectos foi pior que 2015 (oi cenário político?). Ao mesmo tempo, não foi de todo ruim. Muita coisa boa aconteceu na minha vida. Mas esse ano eu quero terminar com uma reflexão: embora as coisas tenham saído melhor do que o esperado pra mim, não posso deixar de lado o sofrimento de tanta gente e fazer um saldo positivo desse ano. Por isso, tchau 2016, já vai tarde!

Anarca, feminista, vegana, cat lady, bookworm, roller derby, hiperbólica, entusiasta das plantas e constante aprendiz. Rainha de paus, professora de história, amante de histórias. Meu peito é de sal de fruta fervendo num copo d'água. ♀️✊Ⓥ

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