Agora que o ano realmente começou, passou o carnaval, o horário de verão se foi, fevereiro está se encaminhando para o final e março vem chegando com suas águas está na hora de voltar à velha rotina. No entanto isso não é desculpa pra deixar de investir em cultura (e estou falando de tempo e não de dinheiro). Uma boa dica é visitar Museus. Muitos, para não falar na maioria, são de acesso gratuito. Segundo o Sistema Brasileiro de Museus (SBM) eles “são casas que guardam e apresentam sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições que ganham corpo através de imagens, cores, sons e formas. Os museus são pontes, portas e janelas que ligam e desligam mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes”. Eles existem aos montes, por todo Brasil, por todo o mundo. Às vezes, quando menos esperamos encontramos um, em qualquer cidade que se preocupe com sua memória, sua história e seu patrimônio. Existem Museus de arte, de história, militares, entre…
Estratégia e Análise
Estratégia e Análise #7
Mais uma republicação da nota semanal do Estratégia & Análise. Matto, o uruguaio que resgatou as culturas ameríndias Buenas, depois do recesso de final de ano estou de volta com a nota. Retornando com a euforia típica da época, convoco a todos para conhecer junto comigo o trabalho do artista Francisco Matto (1911 -1995). Ele constitui seu trabalho por uma fusão entre a arte das tradições pré-colombianas e a abstração geométrica. Nascido em Montevidéu, Uruguai teve problemas com sua proposta, isso porque na Banda Oriental não há uma cultura pré-colombiana como no Peru, Bolívia ou México, que constitua em grandes arquiteturas ou em sociedades complexas. Pode se dizer então que sua obraé produto de uma reflexão para além da sua realidade local. Combinando a tradição de outras regiões com modernidade nos leva a questionar o significado da palavra e do conjunto de elementos que compõe o conceito: “tradição“. O ponto mais marcante de sua carreira aconteceu em 1939, quando conheceu…
Estratégia & Análise #5
Mais uma quarta-feira, a última do ano. E mais uma nota do Estratégia & Análise republicada aqui. Arte-ativismo, a sabotagem de Minerva Cuevas. Minerva Cuevas nasceu em 1975 na Cidade do México, lugar onde vive e trabalha até hoje. Ingressou na Escuela Nacional de Bellas Artes em 1993. É conhecida pelo humor ácido e provocador de seu trabalho, o qual chega mesmo a confundir-se com uma forma de ativismo político. O intento é fazer a obra refletir sua desconformidade e luta contra as relações capitalistas. Partindo desse pensamento ela cria, em 1998, a “Mejor Vida Corp” (MVC) composta por ela mesma. Mantendo uma imagem simbólica de empresa privada ela oferece produtos e serviços de forma gratuita na página da corporação. Atos de generosidade que objetivam atender a demandas, pequenas necessidades, da população e contradizer as relações comerciais atuais. A artista realiza intervenções urbanas e virtuais, sob forma de micro políticas de ação social em campanhas pacíficas e declaradas contra o…
Estratégia & Análise #4
Mais uma semana se passou e já estamos na quarta-feira de novo. Buenas, para os desavisados, hoje é dia de republicar a minha nota semanal do Estratégia & Análise por esses pagos. Quinta pasada publiquei por lá a seguinte nota: Alvaro Oyarzún, um nome da arte contemporânea chilena. O artista plástico Alvaro Oyarzún organiza seu trabalho de forma bastante fragmentada. Formatos, assuntos e técnicas variados, que se dispersam e se acumulam na parede. Sua obra acaba por desconstruir a polaridade da pintura: superfície e representação. No entanto denota uma investigação rigorosa referente ao meio pictórico. Disseca seus diferentes aspectos. O gesto, a cor, a narração, o retrato, o desenho e, inclusive, a fotografia. Em sua proximidade as pequenas histórias que ele cria e os cruzamentos entre elas articulam diminutos lotes que se ligam e formam um jogo com todo o seu material. Com as circunstâncias que ele propõe se abre a possibilidade tradicional para ser uma pintura, mas não é….
Estratégia & Análise # 3
Nota publicada no Estratégia & Análise semana passada: A nova abordagem para o Tango Argentino vem da França Gotan Project surge quatro décadas depois de Astor Piazzola inserir elementos do jazz e da música erudita no ritmo argentino. O grupo cujo nome inverte as sílabas da palavra tango reinventa a música eternizada por Carlos Gardel. Um dj francês, Phillip Solal, um músico suíço, Cristoph Müller, e um guitarrista argentino, Eduardo Makaroff compõem este coletivo que nasce em Paris, França, mas cujas raízes remontam primariamente à América do Sul, mais precisamente à Argentina, uma das pátrias do Tango. O grupo faz uma síntese inédita com a música eletrônica. E o elemento que permite essa união é o dub jamaicano. Produziram e lançaram em 2000 dois EPs sem grandes expectativas, “El Capitalismo Foraneo” e “Tríptico”. No entanto, ganham relativa notoriedade na cena musical européia. Com o primeiro álbum, La Revancha del Tango, de 2001, lançam o que se pode chamar de um manifesto…