A Era do Grande Irmão para muitos é pura ficção. Um mundo onde cada gesto, cada pensamento, cada intenção é podado e recriminado não passa de um futuro longínquo na cabeça de muitas pessoas. No entanto, fatos como os da noite passada me deixam ainda mais apreensiva com o futuro que nos é guardado.
O Senador Eduardo Azeredo do PSDB de Minas Gerias (guardem bem a legenda deste futuro candidato à reeleição ou a outro cargo qualquer) criou um projeto de lei que transforma grande parte dos interneutas brasileiros em criminosos, sujeitos a pena de três anos de reclusão (como se o sistema carcarário no Brasil possuísse condições para tal feito). Baixar músicas da internet (mesmo que tenha o original em casa), baixar um livro em formato eletrônico (mesmo que a versão impressa estaja na sua estante da sala) entre outras atividades podem te levar para trás das grades.
Convenhamos que ninguém aqui quer ver o Sol nascer quadrado. Me desculpe o senador, mas esse projeto é tão estúpido que parece piada. E é justamente aí que mora o perigo. As pessoas podem não levar a sério e quando menos esperarmos o Grande Irmão estará vigiando cada passo seu.
Enquanto todos dormiam (como é de praxe destes políticos quando não querem levantar muita poeira) o projeto foi aprovado e será encaminhado para a Câmara de Deputados. Na calada da noite, como de costume é a ação de bandidos sanguinolentos dos livros de ficção policial.
Na lei, essas praticas já eram crime. No entanto os meios legais de vigilância não existiam. São esses meios estão em discussão. Vigilância acirrada não é a solução para os problemas de uma sociedade, pelo contrário, a torna vulnerável a qualquer regime totalitário sobre a pena de proteção. O pior de tudo é que é exatamente esse o sentimento que a nota oficial so Senado deixa transparecer.
EU TENHO MEDO!
Existe uma petição online, um manifesto contra o projeto. A primeira batalha nós perdemos. Mas a guerra ainda não acabou e sua assinatura é bem vinda. Além disso, o @fzero criou uma mobilização interessante: Fale com os deputados.
Carlos Castilhos fala sobre o assunto de uma maneira bem mais clara, afirmando que essa atitude está na contramão da inovação tecnológica.
Saiba mais no Digital Drops, no Pedro Dória e no Centro de Mídia Independente.
E quando me falaram eu não acreditei.
Quer saber? Tenho medo também.