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Doctor Who – 6×01 – The Impossible Astronaut

Depois de assistir quatro vezes o episódio venho aqui para escrever sobre a melhor série no ar atualmente. E como falar isso com apenas um episódio? Bom, parece bem óbvio que Doctor Who tem um super background e um showrunner fora de série. Ademais, o início da sexta temporada foi empolgante, divertida, tensa… Foi realmente um grande choque. Moffat consegue surpreender de uma forma tão intensa que às vezes pode ser difícil de acreditar no que está acontecendo.

Para começar, o Doutor morre! Não, isso não é um spoiler, isso acontece logo no início do episódio. E não é qualquer roteirista que tem culhões para matar em ‘definitivo’ um personagem tão importante  para a cultura pop britânica (e, em menor escala, mundial) há mais de 47 anos. E como Moffat fez isso? Bem, a versão futura do Doutor recrutou Amy, Rory, River Song e Canton Delaware e um quarto convidado que não aparece logo no início para presenciar sua morte e fazer seu funeral. Acontece que esse Doutor que morre é 200 anos mais velho e convida sua versão de 909 anos também. Ele não sabe de nada e quando Amy, Rory e River o encontram depois de presenciar o tocante momento de sua morte ficam confusos. Depois disso eles vão para 1969 e encontram o assassino. Acontece que eles não podem sequer revelar que encontraram com a versão futura do Doutor. Espero ansiosa a resolução de problemão, pois se o 11º Doutor morre, como continuar a série?

O episódio é inteiro uma tentativa de aproximar a série do público americano, utiliza elementos icônicos da cultura dos Estados Unidos e as cenas em espaço aberto são inclusive filmadas em terras gringas. Cawboy, deserto, homem na Lua, Salão Oval, astronautas, carro. E a exibição na Inglaterra e nos Estados Unidos são simultâneas e foi uma grande audiência.

Uma coisa inédita é o escudo de invisibilidade da Tardis. A Tardis é sempre escondida, mas nunca ficou invisível. E foi muito bacana a cena, River sabendo todos as funções e o Doutor fazendo tudo errado. E depois ele descendo da Tardis e dando de cara com o Presidente Nixon e Canton Delaware ouvindo a gravação da ligação da menina assustada pedindo socorro. Todo o episódio é a busca por ela e pelo astronauta.

E o novo monstro. Caramba, muito assustadores, o Silêncio é o novo monstro criado por Moffat (que já havia criado os Whipping Angels) e eles são muito misteriosos. Eles são horrorosos e nós só sabemos de sua existência enquanto olhamos para ele, no momento em que viramos o rosto já o esquecemos. Muito parecidos com os anjos lamentadores, pois também precisamos olhar para eles para que não nos ataquem. E a tensão que essa característica gera nas relações do monstro com o personagem é muito grande. No momento em que eles são vistos há essa grande tensão e logo em seguida é como se nada tivesse acontecido. E o Astronauta e a menina perdida, são pontos de ligação com esses monstros, mas só descobriremos sobre eles no segundo episódio.

Claro que muitas questões ficaram sem respostas, mas isso faz parte de uma premiere, temos uma temporada inteira para esperar tais respostas.

Anarca, feminista, vegana, cat lady, bookworm, roller derby, hiperbólica, entusiasta das plantas e constante aprendiz. Rainha de paus, professora de história, amante de histórias. Meu peito é de sal de fruta fervendo num copo d'água. ♀️✊Ⓥ

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6 de setembro de 2020 12:57 pm

[…] sou apaixonada por Doctor Who, e não é de hoje. Tem muitas tentativas de resenha aqui blog para provar. Mas como tanta coisa aconteceu e o blog passou por muitas fases e […]

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