Assistindo

Doctor Who

A mais longa série de ficção científica, segundo o Guiness, produzida e exibida pela BBC, tornou-se um ícone da cultura britânica. Doctor Who conta a história de um viajante no tempo, um Time Lord, que nasceu no planeta Gallifrey e viaja pelo tempo e espaço com sua TARDIS, Time and Relative Dimensions in Space – uma nave/máquina do tempo que ao invés de ser construída é cultivada em seu planeta na forma de cabine policial dos anos 50 (a aparência externa é um dispositivo de disfarce) -, e uma companheira, uma garota da Terra que ele leva para conhecer novos mundos e descobrir o futuro e o passado.

A série original começou com um velhinho e sua neta perambulando com a TARDIS, chamado apenas Doutor. Ele era o último Lorde do Tempo e vivia em um ferro velho. Ele foi o primeiro Doutor, pois um Time Lord tem a capacidade de regeneração – conceito cunhado do terceiro para o quarto Doutor -, uma grande saída para a troca de atores no papel principal quando ele já não quer mais fazê-lo ou outro motivo que impeça a continuidade no papel. Sempre quando se encontra à beira da morte, o Doutor se regenera. Essa característica do Doutor vai além da mudança de aparência a cada regeneração, ele muda também sua maneira de falar, sua personalidade, seus trejeitos e a maneira como gosta de vestir-se. No entanto ele permanece o mesmo Doutor por dentro, inclusive os dois corações. Exibida de 23 de Novembro de 1963 à 6 de Dezembro de 1989 (com 25 minutos de duração), o Doutor regenerou seis vezes nesse período, ou seja, foram sete doutores diferentes. Sendo que o primeiro foi “atualizado” e o segundo mudou de aparência por uma punição.

A série foi suspensa até 1996, quando foi exibido um telefilme co-produzido pela FOX e pela BBC com a intenção de retornar com a série. Nesse telefilme o sétimo Doutor se regenera e uma nova aventura é apresentada. Um filme fraco, um Doutor e uma companheira pouco carismáticos, não foram o suficientes para o esperado retorno. O oitavo Doutor durou apenas 89 minutos. E foi o único Doutor que não teve sua regeneração exibida.

Doctor Who era significado de nostalgia para os muitos fãs que assistiam a série na infância. Uma série voltada para o público infantil, exibida aos sábados no final da tarde e reunia a família. Até que em 2005 Russel T. Davies inicia uma nova temporada da série, com o nono Doutor interpretado por Christopher Eccleston. Agora as crianças do passado assistem a retomada de Doctor Who com suas crianças, pois a série mantém a característica de ser familiar, mas sem censurar temas importantes e polêmicos como a morte ou a guerra.

Essa retomada de Doctor Who já tem cinco temporadas e amanhã, dia 23 de Abril, estréia a sexta temporada. Já tivemos três novos Doutores, ou seja, o Doutor atual é o 11º, interpretado por Matt Smith. Desta vez produzida no País de Gales pela BBC, Doctor Who ganhou seus spin-offs (Torchwood e The Sarah Jane Adventures), HQs, livros, etc… O sucesso da retomada da cultuada série é inegável e novos fãs surgem a cada episódio. Eu sou uma dessas pessoas que conheceu Doctor Who através da retomada e me apaixonei intensamente pelos Doutores, pelas companheiras, pelos vilões. Cada episódio é uma nova aventura e uma vontade de embarcar na TARDIS ao lado do Doutor.

Eu comecei a assistir pela quinta temporada, que é quase reboot, pois muda o showrunner – Steven Moffat, o responsável pelos melhores episódios das temporadas anteriores -, o Doutor, todo o elenco, a equipe de produção e até um logotipo diferente. Apaixonei-me perdidamente pelo Matt Smith (que é o meu primeiro Doutor), por Amy Pond, Rory, enfim, pela temporada completa. Chorei tantas vezes em tantos episódios, senti medo dos Weeping Angels. A partir daí resolvi assistir as outras quatro temporadas da série e rever a quinta na ordem. Uma preparação para a sexta temporada. E assistir a série original é um desafio que pretendo enfrentar assim que possível.

Anarca, feminista, vegana, cat lady, bookworm, roller derby, hiperbólica, entusiasta das plantas e constante aprendiz. Rainha de paus, professora de história, amante de histórias. Meu peito é de sal de fruta fervendo num copo d'água. ♀️✊Ⓥ

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Marina
24 de abril de 2011 7:19 pm

Já tinha ouvido falar, mas nunca vi, me parece ser legal.
Adoro seu blog ;D
Feliz Páscoa!
http://kingo.to/zr0 – Acesse ;D

Mi Müller
26 de abril de 2011 10:12 pm

Pronto mais um vício para alimentar, não conhecia a série mas assistí-lá já virou tipo uma necessidade, adoro a temática. Adoro estas dicas que tu trazes para T&T, ando alargando meu horizonte de filmes e série 🙂
estrelinhas coloridas…

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23 de novembro de 2021 11:42 am

[…] Doctor Who: um texto de apresentação de uma das melhores séries já produzidas. […]

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