Em 9 de outubro de 1940, enquanto a força aérea alemã bombardeava o estratégico porto de Liverpool – na Inglaterra -, nascia John Winston Lennon, filho de Julia Stanley e de Alfred Lennon. Em 9 de outubro de 1980, John Ono Lennon completou quarenta anos. Dois meses mais tarde, um imbecil chamado Mark David Chapman, descarregou cinco disparos mortais sobre seu corpo. O que aconteceu entre os bombardeios nazistas ao porto de Liverpool e os cinco disparos em frente ao edifÃcio Dakota em Nova York, já faz parte da história da cultura do século XX.
Lennon é – sem dúvida alguma – uma lenda, um mito, uma referência obrigatória, um Ãcone, um produto publicitário, uma imagem carregada de inumeráveis referências. Lennon foi – além de todas as opiniões importantes – um protagonista.
É indubitável que os Beatles não seriam possÃveis sem Lennon, mas – pelo contrário – é pouco provável que Lennon não existiria sem os Beatles. Arrisco a hipótese de que o grupo pop que mudou o rumo da música nos anos 60 foi uma feliz conjunção graças ao poder imantatório de John Lennon: sem este, sem suas neuroses, sem sua egolatria construÃda sobre seus sentimentos de inferioridade, sem sua baixa auto-estima, em suma, sem sua constante dor, o fenômeno e o mito da beatlemania jamais haveria existido.
A época, o século, precisava de Lennon. Nascido sob o império da violência, sob o mesmo desÃgnio deixou de existir. “Todos somos Jesus Cristo e todos somos Hitler”, dizia John em algum momento de sábia lucidez. Também, acrescentemos agora, todos somos John Lennon; todos somos filhos deste filho abandonado que soube ser o contraditório protagonista de uma época.
E é por isso que hoje, no dia em que faria 66 anos se estivesse vivo que deixo aqui os meus profundos e sinceros sentimentos beatlemanÃacos! Feliz aniversário John, onde quer que esteja.
Queria saber onde tu te inspira pra escrever deste jeito.
Parabéns.