Os quatro elementos convidados (escolhidos) para esta “conversa” constitui-se de dois artistas convidados para a 6ª Bienal do Mercosul, uma artista referência para a História da Arte na América Latina e o trabalho que desenvolvo com arqueologia dos caçaadores coletores do Rio Grande do Sul.
Francisco Matto, que participará da Mostra Monográfica nesta Bienal constitui seu trabalho por uma fusão entre a arte das tradições pré-colombianas e a abstração geométrica. Nascido em Montevidéu, Uruguai teve problemas com sua proposta, pois no Uruguai não há uma cultura pré-colombiana como no Peru, Bolívia ou México, que constitua em grandes arquiteturas ou em sociedades complexas. Pode se dizer então que sua obra é produto de uma reflexão para além da sua realidade local. Combinando a tradição de outras regiões com modernidade nos leva a questionar o significado da palavra e do conjunto de elementos que compõe o conceito é “tradição“.
Daniel Bozhkov é natural da Bulgária, vive e trabalha em Nova York nos Estados Unidos. Também convidado a participar nesta Bienal do Mercosul, porém na Mostra Três Fronteiras, realiza um trabalho voltado para a produção artesanal e a fronteira que existe entre ela, seu consumo e seu consumidor. Mais especificamente na sua obra em processo onde ele busca o aprendizado das esculturas de madeiras produzidas pelo índio Guarani como pedido de desculpas ao animal caçado e tão comumente vistas à venda nas ruas de Porto Alegre.
Frida Kahlo é o terceiro elemento, figura referencial quando se fala em arte na América Latina. Mexicana, ela mescla elementos das tradições pré-colombianas mexicanas com a revolução, com o comunismo e com a arte popular mexicana em sua obra e em sua própria vida. Frida era uma pintora autodidata, que amava a arte, o México e o comunismo.
O quarto elemento, por fim, compreende então o trabalho arqueológico. O trabalho consiste em recuperar os elementos pré-históricos dos caçadores coletores do Rio Grande do Sul a fim de trazer a dinâmica do passado à tona. Baseado na etnoarqueologia como referencial teórico procuro compreender os aspectos dos contextos arqueológicos que geram a variabilidade lítica relacionada às diversas formas de apropriação do espaço em âmbito regional.
Esses quatro membros conversam não geograficamente, pois cada um deles está localizado em espaços diferentes: Bulgária, México, Uruguai e Brasil. Seu diálogo compõe a tradição como principal elemento integrador. Discutir questões regionais, locais e também questões para além do local (globais) como parte da formação de um grupo ou indivíduo. Do papel desses artefatos tradicionais, buscando no passado e na etnografia das sociedades tradicionais elementos constituidores de suas obras.
Que se inicie a conversa…
Eu adoro Vive La Fete… vi que você gosta pela lista aà ao lado. Eu tive um site durante algum tempo e nós fizemos um curta-metragem para divulgá-lo. A música que toca no final é do Vive… Se quiser dar uma olhada, pode conferir:
Cracatoa – O Trailer
Beijos!
Nossa, trabalho perfeito! Adorei a parte de Francisco Matto, talvez porque ele tente construir uma cultura baseada em pequenos vestÃgios de outras culturas….pelo meu entender, é a construção de uma informação a partir de outras semelhantes….é quase como uma investigação histórica…Talvez também porque eu goste muito de história, e mais ainda de arquitetura…empolguei-me muito hehehe, mas vamos nos conter! Você faz arqueologia Dani? Beeijoss
Obrigada pela dica do documentário, vou assitir sim, pode ter certeza. E Vive é “tudo de bom”! Obrigada pela visita, volte sempre! Seja bem vindo.
Oi Felipe. Obrigada pelo elogio. hehehehe Eu faço História, mas meu trabalho de iniciação cientÃfica é com Arqueologia. Mas como não me dou muito bem com a rotina das pedras, estou voltando meu trabalho para Arte… Mas sem abandonar a História, Arqueologia e Antropologia… Beijos. 🙂
É claro que pode! Fico esperando sua foto! 🙂
Se puder leia… Cobras e Piercings é phoda por demais! (:
Cara, a minha mamãezinha comprou o Jour de Chance pra mim… Deve chegar amanhã. Mas eu já ouvi algumas faixas… Mais, Il Pleut, Tout Fou e Love Me, Please Love Me são incrÃveis. Adoro eles demais!
Beijos.
Eu vou abrir a boca de novo…
Estava eu olhando sua discoteca. Aposto que juntos, você e eu, o assunto música seria infinito. Gosto de muita coisa que você tbm ouve…
Amo amo Smashing Pumpkins, já ouviu o cd solo do Billy Corgan? Me emociona *-*
Beijos.