Louca dos gatos

Update felino parte 4: conheça Calibã

Qual o limite para a quantidade de gatos que alguém pode ter? Será que esse número existe? Eu não sei a resposta para essa pergunta. A única coisa que eu tenho é uma cara de pau enorme pra vir aqui contar que eu adotei mais um felino. Agora são sete. SETE. SE-TE! Uau, é um número grande e até parece meio místico.

Pra falar a verdade eu não tenho nenhuma desculpa pra ter feito isso. Aliás, adotar mais um gato pode ser considerado sinal de loucura? Provavelmente não, mas com certeza eu estou loucamente apaixonada por esse peludinho de quatro patas que chegou no dia 26 de novembro aqui em casa. Mas como isso aconteceu?

Para honrar a tradição dos updates felinos desse blog (o primeiro foi quando chegou a Starbuck, depois veio o Gandalf, teve mais um quando a Willow e o Salem chegaram, um de quando o Sméagol chegou e a Starbuck se foi, outro quando o Van Gogh apareceu por aqui e mais um quando a Merida chegou) vou contar como isso aconteceu.

Era um domingo de Sol escaldante em Porto Alegre. Eu passeava na Redenção com dois objetivos: o primeiro era comprar uma rede para colocar na minha sala, o segundo era assistir uma peça de teatro de rua chamada “Caliban – A Tempestade de Augusto Boal”, do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz. Entre comprar a rede e assistir a peça (que por sinal é muito boa mesmo), eu parei para olhar a feirinha de adoção de animais sem pretensões nenhuma de adotar mais um bichano. Afinal, eu só tinha visto cães e se eu tenho um pouco de noção da realidade, eu sei que ter um cachorro em um apartamento com mais seis gatos e uma vida corrida é uma péssima ideia.

Maaaaaas. Uma gaiolinha com filhotinhos estava perdida no meio da cachorrada. E quando eu vi eu fiz aquele som característico de quem é louca por gatos. E isso despertou interesse nas meninas da ONG que imediatamente tiraram um deles da gaiola e colocaram no meu colo. Fiquei quase uma hora com aquela bolinha de pelos que mal cabia na minha mão, enquanto ele dormia como se não existisse mais nada no mundo além do meu colo. Eu sabia que não poderia levá-lo, mas não pude resistir. Não depois de todo ronron e lambeijos.

Mas eu não estava sozinha, não. Eu tive um cúmplice. Um companheiro que deixou a decisão nas minhas mãos, sabendo da minha fraqueza e vendo meu desespero em tomar essa decisão. Levo mais um gato pra casa e fico com sete bocas para alimentar ou deixo ele tentar a sorte com outra pessoa? Na hora que ele deixou a decisão nas minhas mãos eu sabia que aquele filhote ia morar comigo.

As meninas da ONG foram super prestativas e ficaram de me entregar o bichaninho sortudo no outro dia, em casa, para verificar se o apartamento era mesmo telado e todas as verificações importantes de se fazer quando se adota um animalzinho. Então, no dia 26 de novembro de 2018 eu ganhei mais um companheirinho. E em homenagem ao personagem que deu nome a peça que vi no dia que o adotei, passei a chamá-lo de Caliban. Ainda não decidi se a grafia será Calibã ou Caliban, mas pouco importa. Ele é uma fofura, super companheiro, carinhoso, uma máquina de ronronar. Adora um colo e não paga imposto para distribuir lambeijos. <3

Gato Calibã ao Sol.
Calibã <3

Anarca, feminista, vegana, cat lady, bookworm, roller derby, hiperbólica, entusiasta das plantas e constante aprendiz. Rainha de paus, professora de história, amante de histórias. Meu peito é de sal de fruta fervendo num copo d'água. ♀️✊Ⓥ

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Taís
24 de janeiro de 2019 10:07 pm

7 gatos? Seria esse meu sonho? ??
Que amooor, não existe limites para tamanho o amor que nosso coração sente com essas fofurinhas. Eu amo gatos e imagino que não seria facil deixar o pequeno lá, ainda mais depois dos lambeijos hahaha

trackback
22 de setembro de 2020 3:08 pm

[…] ser coisa da minha cabeça, mas parece que o Calibã sabe o que tá acontecendo. Ele ficou em volta do Gandalf o dia todo. E na hora da morte quem […]

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