
Entre agosto de 2007 e agosto de 2008, mantive um blog chamado boneca. Era um espaço pequeno, mas cheio de carinho, onde experimentei formas de escrita entre a ficção, o rabisco, o poema e o silêncio. Um canto à parte, costurado como um bolso secreto dentro do meu antigo site/blog trecosetrapos.
A descrição era simples: Boneca de linha ultrapassada, contação. E isso dizia tudo. Era sobre inventar, errar, brincar com palavras, criar cenas curtas e personagens esquisitos, dar voz a pequenos absurdos e emoções costuradas à máquina de escrever da memória.
A identidade visual do blog também tinha seu charme. Era simples, com pontos de cor alinhados como miçangas e um cabeçalho que até hoje é um dos meus favoritos. A imagem da boneca antiga, em tom rosado, segurando um ursinho, dava o tom delicado e nostálgico que atravessava também os textos. Como se tudo fosse feito à mão, entre linhas e retalhos de sentimento.
Lá, eu falava de caminhos percorridos e pequenos deslocamentos do cotidiano, imaginados ou vividos. Inventava histórias curtas, brincava com diálogos, experimentava pequenos contos e esboçava pensamentos em forma de poema, palavra solta ou quase silêncio. Um espaço onde a linguagem era teste, erro, delicadeza, onde o fazer literário se confundia com o exercício de existir.
Agora, após reencontrar esses escritos, reler e acolher aquelas tentativas, decidi reunir todos os posts aqui no clandestini.org. Um gesto de cuidado com o que fui, com o que escrevi, com o que ainda me acompanha.
Todos esses textos estão agora disponíveis aqui no blog sob a tag .boneca, onde sigo guardando esses fragmentos de ficção e memória.
Se quiser espiar esses experimentos, deixo abaixo a lista com os links para cada texto:
🧶 Do início de tudo
🧶 Um crime perfeito
🧶 Restos de Madalena
🧶 poEma
🧶 Andanças [1]
🧶 Andanças [2]
🧶 Andanças [3]
🧶 love story
🧶 palavras
🧶 Caminho
🧶 Pé Piso
🧶 Chuva
🧶 Separação
🧶 Encontro
Ao todo, são 14 postagens que agora fazem parte do meu arquivo aqui. Como uma caixa velha de cartas que a gente encontra no fundo do armário e decide guardar de novo, mas mais perto do coração.