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Doctor Who 06×09: Night Terrors

Monstros são reais! E, às vezes, quando o chamado por ajuda é forte o bastante, o querido doutor faz um atendimento domiciliar. Nessa história de Mark Gatiss temos a volta, depois de muito tempo (creio que desde “The Curse of the Black Spot“) uma história sem qualquer ligação com a mitologia da temporada – who is River Song? – (será?).

Ouvi por aí que muita gente não gostou do episódio. Eu gostei, já estava com saudade das histórias isoladas do Doutor e seus companions. Achei a sinopse muito interessante e o episódio me lembrou o da segunda temporada “Fear Her“, em que o 10º Doutor também vai ajudar uma criança e acaba encontrando um alienígena perdido e em busca de um lar – no caso do episódio que se passa as vésperas da abertura das Olimpíadas de 2012, o alienígena “possuiu” a criança, e em “Night Terrors” ele era a criança. Mas acredito que o episódio mais bem sucedido no que diz respeito a criança que projeta seus medos foi mesmo “Night Terrors” – apesar da inesquecível cena de David Tennant correndo com a tocha olímpica na abertura das Olimpíadas…

No nono episódio da sexta temporada o Doutor recebe oum chamado por ajuda,  no seu papel psíquico, do pequeno George. E ele vem à Terra à procura do que poderia estar assustando tanto um menino de oito anos de idade. Ele tem medo de tudo. Sombras se tornam objetos assustadores, sons, formas e vizinhos fazem o garoto tremer e se esconder embaixo do cobertor. Acredite, aos olhos de uma criança tudo pode ser assustador (eu mesma tinha medo de tudo e hoje ainda tenho alguns medos infantis). E o lugar mais assustador do mundo é seu próprio quarto.

Os medos das crianças são poderosos, mas se a criança em questão não é deste planeta, os medos podem se transformar em um risco para todos ao seu redor. Esta é a idéia central por trás do episódio. Uma clássica história de terror que têm tudo que precisa para o expectador: suspense, aquela sensação de apreensão com cada movimento dos personagens, com cada porta aberta ou com o que tem do outro lado da parede.  O episódio foi assustador (talvez não tanto quanto os figurados pelos terríveis Weeping Angels) e os tais monstros são do tipo que botam medo mesmo. Imagine bonecas assustadoras andando por aí querendo brincar contigo e te transformando em bonecas também. Manifestações dos medos de George. Todos os medos dele ganhavam manifestações dentro do armário.

A história é bem simples, mas o clima certo fez com que o episódio fosse realmente muito interessante. A ideia de por os monstros dentro do armário foi simples mas genial, pois esse é o universo infantil. E mais uma vez a química de Amy e Rory renderam momentos maravilhosos. O medo deles era o meu medo a cada topada com as assustadoras bonecas. Eles formam um time e juntos possuem um ótimo tempo para comédia. E Matt Smith é maravilhoso, sempre, mas quando o Doutor está lidando com humanos ele é ainda mais fantástico. O episódio foi muito bom, com tudo na medida certa: humor, medo, atuações e história. Claro que não está no nível dos episódios do Moffat, mas seria exigir demais de um pobre mortal.

Anarca, feminista, vegana, cat lady, bookworm, roller derby, hiperbólica, entusiasta das plantas e constante aprendiz. Rainha de paus, professora de história, amante de histórias. Meu peito é de sal de fruta fervendo num copo d'água. ♀️✊Ⓥ

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naomi
17 de setembro de 2011 1:29 pm

eu tive de dormir com a luz acesa depois de cometer a bobagem de assistir a este episódio à noite. 😆

Poliana
17 de setembro de 2011 3:06 pm

Oii, primeira visitinha por aqui o/
Adorei seu blog! Muito fofo…
Estarei comentando seus post!
E seguindo, me segue também!
Bjss *-*
http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com/

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